O esporte é sub explorado como solução para os nossos problemas sociais

O esporte é, de fato, sub explorado como solução para os nossos problemas sociais, nomeadamente em termos de educação, SAUDE e de convivência. A atividade física pode ser uma ótima ferramenta de aprendizado e contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais. No entanto, é preciso usá-lo com sabedoria, parar de pensar que o esporte carrega valores positivos intrínsecos e valorizar práticas que provem seu valor dentro de campo.

Por ocasião dos grandes eventos esportivos que virão em breve, os JO, os holofotes estarão voltados para as performances dos atletas. A Covid-19 evidenciou o papel de muitos “trabalhadores da linha de frente”, sem os quais a sociedade não funciona. Seria uma questão de não esquecer ou negligenciar o “exército” de voluntários e profissionais que utilizam o esporte diariamente para servir ao bem comum.

O principal é e estará fora desse contexto, em escolas, clubes, atividades extracurriculares e centros sociais: começando por reconhecer e apoiar cada um dos seus atores – professores, educadores, treinadores, animadores, etc. – que permitirá determinar, em grande medida, o papel do esporte e o seu real impacto social no futuro.

Uma visão ambiciosa e ações concretas são essenciais para colocar o esporte a serviço do interesse geral em nosso território. O aumento do sedentarismo e da falta de atividade física é uma verdadeira bomba-relógio para a saúde e representa uma das maiores causas de risco de mortalidade relacionada a doenças não transmissíveis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Como combater essa debilidade da nossa cultura esportiva e como trazer a vontade política para enfrentar este desafio?

Não podemos mais apenas colher as sementes semeadas, sejam medalhas, performances ou eventos a serem sediados. Fazer do pais uma nação esportiva não pode ser através de um decreto. Isto pode ser explicado, em primeiro lugar, e depois comprovado e implementado diariamente, em nível local, no seio de associações, clubes, distritos e empresas, bem como durante discussões estratégicas junto aos organismos esportivos internacionais.

Alguns projetos não podem ser desculpas para não conseguirmos o que é necessário nos próximos anos: mudar o paradigma do esporte, sob o prisma do bem comum, em casa, nas empresas e no dia a dia. É preciso acelerar medidas para a implantação da Prática Esportiva em todo o âmbito da sociedade a fim de acompanhar a aceleração do envelhecimento do Pais para nos prevenir de consequências danosas e cujos custos estão muito além das previsões atuais.

Muitas vezes esquecido, o esporte apareceu, no entanto, na sua dimensão social, política e internacional, como um instrumento nos últimos dez anos. Mas, como está sendo hoje e como será amanhã?

É responsabilidade de todos nós assumir essa questão e construir uma visão, um programa a ser implantado diariamente em casa, nos clubes, nos bairros, nas escolas, nas universidades, nas empresas, na mídia a fim de fortalecer a Saúde física e mental, através da Prevenção que só os Esportes nos oferecem.

Esporte é o lazer da Saúde.

(dados da pesquisadora Carole Gomez, 10/10/2021 no jornal Tribune)

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